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quinta-feira, julho 26, 2012

Mais vídeos do Show de Victor & Leo no Backstage da Regional FM - Florianópolis dia 20/07/12!





FONTE: YOUTUBE /  aninhazitxa / VLemcores

Com críticas ao sertanejo atual, Victor & Leo lançam o DVD mais dançante da carreira!

Álbum gravado em Floripa chega às lojas em agosto com seis inéditas; CD já está nas lojas.

Paola Correa, do R7
Há quase seis anos, o nome de Victor & Leo tomou o mercado sertanejo e ajudou a impulsionar o segmento que antes era visto como “coisa de caipira” do interior.

Com 20 anos de carreira, a dupla conquistou nos últimos anos muito mais do que agenda lotadas, execuções nas rádios e prêmios musicais. Eles conseguiram realizar o sonho de levar música de qualidade para a casa das pessoas.

No novo DVD, Victor & Leo - Ao Vivo em Floripa, gravado em março em um show gratuito para mais de 100 mil pessoas, eles fizeram uma verdadeira festa, como se tivessem cumprido essa missão.
Bem mais espontâneos no palco e com um repertório bastante animado, os mineiros conseguiram fazer uma farra e falar de amor sem deixar de cantar sertanejo. Em entrevista ao R7, Leo afirma que o novo DVD mostra, nitidamente, o amadurecimento deles.

— Eu tenho um lado tímido, retraído. Talvez isso não tenha sido reparado nesses anos pelas pessoas, mas eu tenho. Tem seis anos que a gente faz música a nível nacional, temos nosso público cativo e temos consciência disso. Daí você desencana. Você sobe ao palco e não está preocupado se vão achar uma coisa, se está legal...

Essa postura mais solta no palco, Leo revela [acreditem] que vem do rock.

— O rock’n’roll é desencanadão. Eu tenho minha principal influência no sertanejo de raiz, mas gosto muito do rock. De artistas como Guns N' Roses, Eagles, Nando Reis, Skank, Jota Quest... Enfim, vários.

O novo trabalho, com seis faixas inéditas, não tem preconceito algum. Regravaram novamente Sexy Yemanjá, desta vez com Pepeu Gomes, chamaram Nando Reis e Haroldo Ferreti (Skank), para fazer um reggae (Altas Horas) e ainda cantaram um pagodinho de leve com Thiaguinho (Maluco).

Um dos destaques do repertório é Quando Você Some, cantado com Zezé Di Camargo & Luciano, e a reunião de sertanejos (de verdade) – Zezé  & Luciano e Chitãozinho & Xororó, além de Victor & Leo – com o ídolo sertanejo Marciano, nos clássicos Ainda Ontem Chorei de Saudade. Marciano ainda cantou Se Eu Não Puder te Esquecer, que Victor & Leo regravaram no álbum anterior, Amor de Alma.

“Prostituição” do sertanejo

O nome de Victor & Leo é citado toda vez que vem à tona a evolução musical do sertanejo. Apesar de depois deles ter imediatamente sido lançado o sertanejo universitário, quem conhece a trajetória e o repertório sabe que há uma diferença. Tanto, que os irmãos fazem parte do time que desaprova a salada que virou o sertanejo em que há de tudo no gênero, menos a essência do segmento.

Na entrevista sobre o novo DVD, Victor e Leo comentaram também sobre essa moda do sertanejo que acabou por minar o gênero musical. Leo vai mais longe e diz que o segmento está movido pelo dinheiro.

— Eu vejo a música sertaneja hoje mal interpretada e sem identidade. Apesar de ser uma música com uma história linda, que as pessoas deveriam tentar conhecer, mas hoje, pelo capitalismo, pelo dinheiro, ela vai perdendo um pouco dessa identidade. Hoje é muito fácil você dizer que é sertanejo. Não quero julgar ninguém. Se o artista está agradando alguém, é porque ele merece aquilo de alguma forma. No entanto, para o gênero sertanejo, na minha opinião, é um momento de prostituição absoluta.

FONTE: R7

DVD de Victor & Leo, gravado em Florianópolis, chega ás lojas em agosto com seis inéditas!

DVD tem participação de Paula Fernandes, Thiaguinho, Zezé Di Camargo & Luciano e Chitãozinho & Xororó, entre outros.
Ao decidir gravar o terceiro DVD de sua carreira, a dupla Victor & Leo já havia escolhido a cidade que receberia a festa: Florianópolis. "Um ano antes da gravação, passamos pela ponte que liga a ilha ao continente e comentamos: "Que cenário lindo para um DVD”, conta Victor. Com essa intenção, em 28 de março deste ano, a dupla reuniu mais de 100 mil pessoas em um show gratuito no espaço Beira-Mar Continental e gravou o DVD Victor & Leo - Ao vivo em floripa, que começa a ser vendido no dia 6 de agosto. 

Além de hits famosos da dupla, como Tem que ser você e Borboletas, os irmãos também apresentam ao público seis canções inéditas, sendo cinco de autoria de Victor. A primeira música de trabalho é Não me Perdoei. Além dela, outra que promete é Maluco, a mais animada das novas. 

Estrelas 

Os convidados escolhidos pela dupla também são destaque: Paula Fernandes, Thiaguinho, Zezé Di Camargo & Luciano e Chitãozinho & Xororó, entre outros. 

"No caso do Chitãzinho & Xororó, o convite foi feito apenas dois dias antes, e a participação deles foi muito especial”, explica Leo. O DVD mostra bem a atmosfera do show, que marcou a dupla. "Foi uma noite em que tudo deu certo, uma energia maravilhosa, nossa sintonia, quase tudo foi perfeito”, conclui Leo. 

Leo se esforça para começar a compor 

Além de colaborar com alguns arranjos para músicas do irmão Victor, Leo agora também tem se esforçado para escrever algumas letras para a dupla. "Hoje, eu até me arrisco a escrever algumas coisas e mando para o meu irmão”, conta ele. Segundo Victor, as letras do parceiro devem se tornar músicas da dupla em breve. Ainda não há nenhuma no DVD gravado em Florianópolis. 

Como em todo começo, Leo afirma que se sente um pouco inseguro. "No início, ele ficava receoso de me mostrar as coisas que escrevia, mas, quando vi, fiquei impressionado”, revela Victor. Para Leo, o mais importante é que não existe uma obrigação de compor, e tudo acontece naturalmente. 

Já Victor, que compõe desde jovem, diz que seu processo de criação é mais recluso e que só mostra ao irmão a novidade depois que ela está finalizada. "Na hora de compor e fazer o arranjo, eu penso em como a dupla vai interpretar isso." 

FONTE: DIVIRTA-SE UAI / Foto: Site Oficial.

Vídeo: Aqui Agora Net -Show de Victor & Leo na Expo Rondon 2012 !


FONTE: YOUTUBE / AQUI AGORA NET.

Expo Rondon 2012 - Victor & Leo leva um grande público a arena de rodeios!

Aconteceu na noite desta quarta-feira (25), durante a Expo Rondon 2012, um dos shows mais aguardados do ano. A dupla Victor & Leo, cantou e encantou as milhares de pessoas que se fizeram presentes na Arena de Rodeios.

O show previsto para iniciar as 21h30, teve duas horas de atraso. Quando subiram ao palco Victor & Leo se desculparam com o público presente, pelo atraso corrido em função do instabilidade do tempo, que obrigou o voo que estava previsto para pousar em Toledo, descer em Foz do Iguaçu.

Victor & Leo cantaram durante o show, sucesso antigos e músicas do novo CD da dupla. O público cantou e vibrou junto com a dupla.
Clique aqui e veja mais fotos do Show

FONTE: AQUI AGORA NET / Fotos: Jessica Ubanski.

Victor & Leo comemoram 20 anos de carreira com CD e DVD!

Elemara Duarte - Do Hoje em dia

Victor & Leo já não pensam tanto na "água de oceano" só para beber, mas também para compor o cenário espetacular onde gravaram o novo trabalho, que chega às lojas no início de agosto. O lugar: avenida Beira-Mar Continental, em Florianópolis. O motivo: 20 anos de carreira. "Ao Vivo em Floripa" traz 17 músicas no CD, 25 no DVD, sendo seis inéditas e a estreia de uma voz feminina: Nice Silva, que pleiteia o posto de "primeira compositora negra do sertanejo".

"Estávamos sobrevoando a ponte Hercílio Luz e pensávamos em fazer algo para aproveitar aquele cenário. Surgiu a oportunidade. Foi um dia marcante. Tudo deu certo. Um dos melhores shows da nossa vida", lembra Leo, por telefone, de um hotel no Rio de Janeiro. São muitas novidades e também, como diria o Rei Roberto Carlos, "muitas emoções" para a dupla que já se consagrou no cenário artístico nacional. "Será mesmo?", duvida, humildemente, Leo.

Se a repórter não pode comprovar no "olhômetro" a fama da dupla nascida na cidade mineira de Abre Campo, os números estão aí para fazê-lo. Para o show na capital catarinense os mineiros reuniram 100 mil pessoas, em março deste ano. Certamente, isso significa ser querido e famoso.

Além disso, o casting de convidados para a empreitada reuniu nomes de peso do show business, como a cantora e amiga de longa data Paula Fernandes, Chitãozinho & Xororó, Zezé di Camargo & Luciano, Marciano, além do pop-rock de Nando Reis, Haroldo Ferreti (Skank) e do guitarrista Pepeu Gomes. Dentro do liquidificador musical, ainda aparecem o pagodeiro Thiaguinho e o gaitista brasiliense Gabriel Grossi.

A máxima do mundo artístico de que chegar ao sucesso é uma coisa e mantê-lo é outra sempre está na mente na dupla. "Não dá para seguir sempre a mesma linha. É um tiro no pé. Ficamos de olho nas modas para fugir delas. Procuramos fazer diferente, desde a época em que cantávamos em barzinhos, como aí, em BH. Mas pouca gente procura isso. É mais fácil fazer o que todo mundo está fazendo", analisa.

A dupla começou a carreira em 1992, mas o grande sucesso que a fez despontar para a fama veio só em 2006. Em 2005, eles gravaram o terceiro CD produzido e arranjado pelos próprios irmãos intitulado "Victor & Leo ao Vivo", que espalhou-se pelo Brasil a partir de 2006, quando foi lançado. Estima-se terem sido pirateadas mais de 2 milhões de cópias do disco entre 2006 e 2007.

"Quando o artista se torna exposto tem uma responsabilidade com a sociedade, pois ele tem uma facilidade de influenciar pessoas. Gravamos uma música hoje e, amanhã, já tem uma criança ouvindo", diz Leo.

O músico afirma que tudo o que faz junto do irmão é com "respeito". "É muita covardia se o artista se render à fama, ao dinheiro e ao show business e se tornar omisso quanto ao respeito", ensina o cantor.

O álbum em questão também já pode ser encontrado no formato Mastered for iTunes por meio deste link (cliqueaqui!). Estão lá 17 canções, entre elas "Amor de Alma", "Boa Sorte pra Você", e como não poderia faltar, "Água de Oceano".

FONTE HOJE EM DIA.

Em entrevista ao IG: Victor & Leo falam sobre o Mercado Sertanejo!

Falta pouco para o DVD “Ao Vivo em Floripa”, de Victor e Leo, chegar às lojas. O novo trabalho da dupla, que entra no mercado no início de agosto (o CD já está disponível), traz um show com quase duas horas de música e transita pelo rock, reggae, samba e forró, sem perder a essência sertaneja dos irmãos.

Na gravação, que aconteceu em 28 de março em Florianópolis, a dupla contou com as participações de Paula Fernandes, Chitãozinho e Xororó, Thiaguinho,  Marciano, Nice, Nando Reis,Gabriel Grossi, Haroldo Ferretti, Pepeu Gomes e Zezé di Camargo e Luciano. Aliás, a parceria entre os anfitriões e os filhos de Francisco na canção “Quando você some” é um dos destaques do álbum.

Assim como acontece em todos os outros trabalhos, da dupla, Victor e Leo optaram por seguir uma linha mais clássica (incrementadas com os solos de guitarra de Victor) e fugiram dos hits que tanto ganharam espaço na mídia nos últimos tempos, inclusive no exterior. E Leo explica essa fuga. “A gente se caracteriza principalmente por fazer música original, a primeira coisa que a gente sempre foca é fazer algo novo. A gente até brincou: qual é a moda? A gente fica ligado na moda para fugir dela”.

Em um bate papo com a coluna, além de falar do DVD, Victor e Leo analisaram o atual cenário musical. “Eu acredito que, o cara para fazer jus ao gênero sertanejo, tem que ter alguma ligação com o sertão. Se ele não tem nenhuma ligação, se a música dele não tem ligação nenhuma com o sertão, não sei o que é, mas sertanejo não é”, afirmou Victor.

Confira o bate papo com a dupla.

iG: Muitas vezes, o artista vê o resultado do trabalho e sente que poderia ter feito algo diferente. Vocês ficaram satisfeitos do novo DVD?

Leo: A gente é muito autocrítico. Sempre quando a gente faz um projeto novo, vão passando alguns dias, algumas semanas, a  gente começa a enxergar uma ou outra coisinha que a gente, talvez, poderia ter feito diferente. Mas como é ao vivo, a gente deixa do jeito que foi feito. Cheios de suor, de camisa amarrotada, e a música às vezes com uma falha ou outra na sonoridade, na bateria, na guitarra, no violão, e voz também.

Victor: Eu adorei o resultado. Com o tempo, você acaba priorizando o todo. E o todo, na minha opinião, está maravilhoso. É um DVD sincero, franco, e como o Leo disse, ao vivo. A maioria das pessoas grava um DVD ao vivo em estúdio e bota como se fosse ao vivo. Essa não é nossa realidade e ela pode ser sentida assistindo.

iG: O DVD de vocês tem forró, samba, rock, reggae e, claro, sertanejo. Musicalmente falando, como vocês classificam esse trabalho? Em que categoria, que prateleira da loja, vocês o colocariam?

Victor: Colocaria no “V”, de Victor e Leo. Tem folk, rock, reggae…e ”V”. Que é isso? É uma mistura de um monte de coisa. Apesar de a gente ter na música sertaneja raiz a nossa maior essência, a gente tem em tudo quanto é estilo, seja brasileiro ou internacional, referências fortes. A gente ouviu de tudo, de Dire Straits a Tião Carreiro e Pardinho. Agora, somos caipirões, somos criados na roça, no campo. De alguma maneira, a parte mais forte da nossa música está na música sertaneja, que retrata o que a gente viveu de verdade.

Leo: Acho que isso é retrato do que eu e o Victor sempre fomos, mesmo antes de cantar. É um retrato do que a gente sempre se espelhou, sempre escutou. Dois adolescentes que cresceram ouvindo música sertaneja de raiz, trio Parada Dura, Sérgio Reis, Almir Sater, Renato Teixeira, Chitãozinho e Xororó, Milionário e José Rico e uma série de outros nomes, e ao mesmo tempo Guns n’ Roses, Eagles, Bon Jovi, Dire Straits, Blues, várias outras vertentes musicais.
iG: Vocês citaram várias referências da música sertaneja e, recentemente, no aniversário de Milionário, muitas desses nomes mencionaram vocês como a dupla que seguirá no mercado. Como é ser reconhecido por aqueles em quem vocês se espelharam?

Leo: A gente recebe isso como um reflexo do que a gente faz, do que a gente tem implantado nesses anos todos. A gente se caracteriza principalmente por fazer música original, a primeira coisa que a gente sempre foca é fazer algo novo. A gente até brincou: qual é a moda? A gente fica ligado na moda para fugir dela.

Victor: Ao mesmo tempo a gente fica muito honrado, porque esses caras, como o Milionário, são referências fortes demais pra gente. Se hoje eles estão de alguma maneira reconhecendo nosso trabalho e elogiando, a gente retribui agradecendo a eles por serem um exemplo pra que a gente toque a carreira dessa maneira.

iG: Vocês tem as músicas mais clássicas, como você falou, fugindo do que é moda, do hit. Como é ver a Billboard americana, afirmar que o sertanejo está em alta, em ascensão, e não citar vocês?

Victor: A palavra sertanejo tem que vir do sertão. Se ela não vier do sertão de alguma maneira, ela é um engano de quem está achando que aquilo é sertanejo. Isso é nossa opinião. Tem um monte de coisa aí dita como sertaneja, que de sertanejo não tem absolutamente nada, nem o cabo da vassoura. A música sertaneja passou por diversas modificações, mas não perdeu sua essência. Se eu citar, dentro do nosso repertório, canções como “Deus e eu no sertão”, “rios de amor”, “noite estrelada”, “vida boa”, essas canções falam do sertão de uma maneira mais nova, entendível para as novas gerações, mas elas continuam lá, falando do velho fogão a lenha. De um tempo para cá, a palavra sertanejo veio perdendo seu sentido completamente. Eu respeito tudo, respeito até a falta de idealismo, mas não vou me misturar a ele e não vou ser conivente a isso.

Leo: Às vezes o cara nunca soube o que é música sertaneja, mas ele está falando que é sertanejo porque o gênero está em alta. Por um outro lado, todos os artistas que conquistaram um público fora do Brasil, é mérito do cara. A gente respeita e não se vê fora disso de uma forma incomodada. Se algum dia, a gente estiver lá, acho ótimo. Também não vou ser hipócrita e dizer que não quero meu nome citado na Billboard, pelo amor de Deus. Quero crescer o quanto eu consiga, acho que faço meu trabalho pra isso, pra alcançar, atingir mais pessoas, pra crescer. A gente respeita tudo, embora a gente não classifique todo mundo como sertanejo.

iG: Como vocês classificam, então?

Victor: Na verdade, a gente não classifica.

Leo: Particularmente, não me vejo em uma posição de classificar. Acho que é o público que tem que classificar.

Victor: Se quando você canta “Saudade de minha terra” e, aí, você canta uma outra coisa, dos tempos atuais, o que é sertanejo? Fica muito difícil, muito distante. Eu acredito que, o cara para fazer jus ao gênero sertanejo tem que ter alguma ligação com o sertão. Se ele não tem nenhuma ligação, se a música dele não tem ligação nenhuma com o sertão, não sei o que é, mas sertanejo não é.
iG: Isso que vocês falaram de não vir do sertão, vocês também ouviram quando iniciaram a carreira.  A primeira vez que participaram do Faustão, por exemplo, ele perguntou diversas vezes o que vocês faziam, se tinham vindo da roça, pediu para vocês cantarem sucessos antigos em vez de músicas de vocês. E, ali, vocês mostraram a que vieram. Vocês sofreram preconceito por não terem a história, por exemplo, de Chitão e Xororó, Zezé e Luciano?


Victor: Sim, nos próprios botecos. Nosso início em São Paulo, por exemplo, a gente já cantava há dez anos, e as pessoas nos botecos falavam: “esses caras aí, esses bonitõezinhos, não cantam nada”, antes mesmo de a gente cantar.

Leo: E a gente não tinha medo de ouvir não. Os caras hoje tem muito medo de ouvir não.

Victor: Se o cara não aceitava, dizia: “vocês cantam em uma região muito mediana, não gritam. Tem que gritar, malhar veia”. Nós estudamos canto cinco anos e aprendemos que cantar é o contrário de gritar. Culturalmente falando, a gente tinha que tomar uma dose a mais de paciência para poder mostrar o trabalho como ele era e conquistar nosso próprio público devagar.

Leo: A gente sofreu preconceito tanto na noite quanto quando a gente apareceu no mercado, que as pessoas…enfim, não vou dizer esse detalhe no Faustão, mas algumas pessoas nos viam como uma coisa nova, diferente do que estava acontecendo há algum tempo.

Victor: Acho que alguns artistas tem medo da rejeição, por isso que a maioria imita. Mas vou dizer, a gente não usava aquelas botas com bico fino. Tem um monte de dupla que usa, mas nunca foi o nosso estilo. Nem na roça a gente usava. A gente usava mais botina, tênis. Prefiro ser eu. Tem um monte de gente usando bota e chapéu, cantando gato por lebre.

iG: Vocês são um pouco avessos para falar de  vida pessoal, e tem  muito fã que gostaria de saber um pouco mais do que acontece com vocês longe dos palcos, por trás das câmeras. Até que ponto vocês acham que isso não pode atrapalhar na carreira, e de repente as pessoas taxarem vocês como metidos, arrogantes ou algo assim?

Leo: Na verdade, não sei se atrapalha na carreira. Acho que vai atrapalhar na vida pessoal. Vejo dessa forma. Eu tenho dois filhos e uma esposa, que eu evito expor excessivamente. Em algumas situações, já estive com Tatiane em alguns lugares, eventos, uma coisa natural, nada forçado assim: “vamos em tal evento para aparecer em tal revista…”.

Victor: Se por preservar minha vida pessoal, eu tiver que ser chamado de metido, eu prefiro preserva-la. Se alguém me pergunta uma coisa que eu não queira expor, eu prefiro ao invés de prejudicar alguém, ser taxado como antipático do que prejudicar meu lado pessoal. Ele é mais valioso. Porque meu trabalho é música. Se as pessoas querem saber quem eu amo, aí é um problema de quem quer saber, eu não tenho que contar. Respeito quem expõe, mas esse não é meu perfil, do meu irmão.

iG: Pra finalizar, queria que fizessem uma análise do mercado sertanejo hoje em dia e da carreira de vocês dentro desse mercado.

Leo: (pensa um pouco para falar) O mercado sertanejo, a música sertaneja, hoje é uma prostituição absoluta. Nego compra música, rádio, show, contratante, compra isso, compra aquilo, e se esquece do que o cara está fazendo por trás daquilo, que é a arte. Acho que é até bom tudo isso, a gente continua fazendo nosso trabalho aqui, com uma intenção bacana, como muitos outros continuam fazendo. Se um dia  a gente voltar a ter, como a gente tinha em tempo de boteco, um casal escutando a gente em frente a um show, a gente não vai se vender. Vai continuar fazendo nossa música, sem fazer o que está rolando.

Victor: Sintetizando é isso aí. A música sertaneja está em baixa e a palavra sertaneja está em alta. É isso mesmo!

FONTE: IG / POR MARÍLIA NEVES.

Público vibra com Show de Victor & Leo na Expo Rondon!

O show mais esperado da Expo Rondon 2012, realizada em comemoração aos 52 anos de emancipação política e administrativa de Marechal Cândido Rondon, aconteceu na noite de ontem (25). Milhares de pessoas estiveram na arena de rodeios onde a dupla sertaneja Victor e Leo encantou o público com uma apresentação espetacular. Desde as músicas mais conhecidas até as mais recentes, o público cantou e vibrou junto com a dupla


Confira as fotos:

FONTE: O PRESENTE.

Fotos: Victor & Leo em Marechal Cândido Rondon/PR - dia 25/07/12!


FONTE: SITE OFICIAL VICTOR & LEO.