Álbum gravado em Floripa chega às lojas em agosto com seis inéditas; CD já está nas lojas.
Paola Correa, do R7
Há quase seis anos, o nome de
Victor & Leo tomou o mercado sertanejo e ajudou a impulsionar o segmento
que antes era visto como “coisa de caipira” do interior.
Com 20 anos de carreira, a dupla
conquistou nos últimos anos muito mais do que agenda lotadas, execuções nas
rádios e prêmios musicais. Eles conseguiram realizar o sonho de levar música de
qualidade para a casa das pessoas.
No novo DVD, Victor & Leo -
Ao Vivo em Floripa, gravado em março em um show gratuito para mais de 100 mil
pessoas, eles fizeram uma verdadeira festa, como se tivessem cumprido essa
missão.
Bem mais espontâneos no palco e
com um repertório bastante animado, os mineiros conseguiram fazer uma farra e
falar de amor sem deixar de cantar sertanejo. Em entrevista ao R7, Leo afirma
que o novo DVD mostra, nitidamente, o amadurecimento deles.
— Eu tenho um lado tímido,
retraído. Talvez isso não tenha sido reparado nesses anos pelas pessoas, mas eu
tenho. Tem seis anos que a gente faz música a nível nacional, temos nosso
público cativo e temos consciência disso. Daí você desencana. Você sobe ao
palco e não está preocupado se vão achar uma coisa, se está legal...
Essa postura mais solta no palco,
Leo revela [acreditem] que vem do rock.
— O rock’n’roll é desencanadão.
Eu tenho minha principal influência no sertanejo de raiz, mas gosto muito do
rock. De artistas como Guns N' Roses, Eagles, Nando Reis, Skank, Jota Quest...
Enfim, vários.
O novo trabalho, com seis faixas
inéditas, não tem preconceito algum. Regravaram novamente Sexy Yemanjá, desta
vez com Pepeu Gomes, chamaram Nando Reis e Haroldo Ferreti (Skank), para fazer
um reggae (Altas Horas) e ainda cantaram um pagodinho de leve com Thiaguinho
(Maluco).
Um dos destaques do repertório é
Quando Você Some, cantado com Zezé Di Camargo & Luciano, e a reunião de
sertanejos (de verdade) – Zezé &
Luciano e Chitãozinho & Xororó, além de Victor & Leo – com o ídolo
sertanejo Marciano, nos clássicos Ainda Ontem Chorei de Saudade. Marciano ainda
cantou Se Eu Não Puder te Esquecer, que Victor & Leo regravaram no álbum
anterior, Amor de Alma.
“Prostituição” do sertanejo
O nome de Victor & Leo é
citado toda vez que vem à tona a evolução musical do sertanejo. Apesar de
depois deles ter imediatamente sido lançado o sertanejo universitário, quem
conhece a trajetória e o repertório sabe que há uma diferença. Tanto, que os
irmãos fazem parte do time que desaprova a salada que virou o sertanejo em que
há de tudo no gênero, menos a essência do segmento.
Na entrevista sobre o novo DVD,
Victor e Leo comentaram também sobre essa moda do sertanejo que acabou por
minar o gênero musical. Leo vai mais longe e diz que o segmento está movido
pelo dinheiro.
— Eu vejo a música sertaneja hoje
mal interpretada e sem identidade. Apesar de ser uma música com uma história
linda, que as pessoas deveriam tentar conhecer, mas hoje, pelo capitalismo,
pelo dinheiro, ela vai perdendo um pouco dessa identidade. Hoje é muito fácil
você dizer que é sertanejo. Não quero julgar ninguém. Se o artista está
agradando alguém, é porque ele merece aquilo de alguma forma. No entanto, para
o gênero sertanejo, na minha opinião, é um momento de prostituição absoluta.
FONTE: R7
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