As duplas Victor & Leo; Bruno & Marrone; e Henrique & Juliano colocaram CDs no mercado
A crise da indústria fonográfica parece ser um assunto distante para os cantores de música sertaneja. Pelo menos é o que sugere a quantidade de lançamentos. Praticamente todo ano, os principais nomes do gênero apresentam novos discos. No último mês, por exemplo, quase dez artistas de destaque do segmento divulgaram álbuns inéditos.
"Isso é muito bom para a música e para o gênero em geral. Cada vez mais, os artistas precisam se conscientizar de que é preciso criar coisas novas, porque senão o público fica saturado", afirma Leo, da dupla Victor & Leo, que lançou o CD Perfil. O disco, que chega ao mercado cerca de um ano depois de Viva por mim, é constituído por 14 faixas, sendo duas inéditas:Como eu amei (Victor Chaves) e Caminhos diferentes (Leo Chaves e Paulinha Gonçalves). O restante é uma compilação dos principais sucessos dos cantores, como Borboletas, Fada e Deus e eu no sertão.
"Já havia algum tempo que nós queríamos reunir um material com algumas canções da carreira. Fizemos um apanhado das gravações e, mesmo assim, tem uma novidade em questão de sonoridade e também em arranjos mais ousados", explica o cantor, que é a primeira voz da dupla e tem apostado desde o último CD na faceta de compositor. Em Perfil, ele assina três músicas - Tudo com você, Amor.com e Caminhos diferentes. "De uns três anos para cá, eu venho compondo. Mas nunca imaginei que minhas anotações fossem virar canções. Então, estou muito feliz", completa Leo.
Tendência de regravações
Até o início deste ano, a última música de trabalho de Bruno & Marrone do disco Pela porta da frente (2012), Vidro fumê, estava entre as mais tocadas. Poucos meses depois, a canção perdeu lugar para Vou te amarrar na minha cama (famosa na voz do grupo As Marcianas), o primeiro single do álbum Agora ao vivo. "Percebemos que o sertanejo é e sempre será forte porque se renova. Isso é fundamental", defende Bruno.
O décimo sétimo CD da carreira dos sertanejos traz algo inédito na carreira dos cantores: um disco com releituras de hits dos anos 1970, 1980 e 1990, acompanhadas de acordes caipiras. "Em nossos 28 anos de carreira, já gravamos em diversos formatos, e pensamos em algo diferenciado partindo do princípio de que a música é algo que não se limita. Daí, começamos a amadurecer a ideia de homenagear músicas que marcaram épocas", conta.