Dupla sertaneja conta as dificuldades de deixar o interior de Minas Gerais para conquistar São Paulo
O Programa da Sabrina trará música sertaneja de boa qualidade no sábado (27). Sabrina Sato vai receber no palco Victor e Leo, dupla sertaneja dona de vários hits de sucesso e carreira consolidada. Mas, como muitos cantores, o começo deles foi nada fácil. Em conversa com o site oficial do programa nos bastidores, a dupla relembra os perrengues que viveu na carreira e lista os momentos mais marcantes.
Para Leo, o momento mais marcante da dupla mineira aconteceu ainda no interior do estado de onde nasceram.
— Diria um que foi o momento em que a gente subiu no palco pra cantar a primeira vez num festival de música em Abre-Campo (MG), foi em 1992. A primeira vez que a gente subiu no palco juntos para cantar, cantamos Iolanda, uma música do Chico Buarque de Holanda, e o Christian e Ralf também gravou
— Uma das maiores referências que a gente tem na música sertaneja são o Christian e Ralf e a gente cantou a versão deles e foi muito marcante. Ali foi um divisor de águas. A partir daquele momento a gente começou a ser convidados para cantar por donos de bares e casas noturnas da região ali de Abre-Campo e ali mudou um pouco assim a nossa vida e a nossa história na música. Antes disso era só uma brincadeira, era um hobby que a gente não sabia o que ia virar. A gente cantava, mas a gente não sabia o que ia acontecer. Depois disso, as coisas mudaram
Já Victor preferiu mencionar momento diferente da dupla.
— Acho que esse que ele falou é um deles. O outro acho que foi quando a gente conquistou de vez uma liberdade e independência financeira e artística aqui na noite de São Paulo. Quando a gente chegou, tínhamos quase dez anos de trabalho em Belo Horizonte (MG) porque a gente cantou lá por quase oito anos. Mas, quando a gente caiu aqui em São Paulo em 2001, foi começar do zero
— A gente sustentava uma casa em Belo Horizonte onde a mãe morava com a irmã e ainda tinha que se sustentar aqui. Tinha que fazer das tripas coração. Tocar em tudo quanto é lugar, de Tatuapé à Osasco, a preço de banana e economizar ao máximo, andar muito a pé, metrô, ônibus e foi uma fase dura durante uns dois, três anos com muito trabalho diário, de segunda a segunda sem parar
— Depois, quando a gente acordou em 2005 ali, a gente tinha bilheteria própria, público próprio, computador em casa, cada um com seu carro, condições de trabalho com “sonzinho” próprio. Detectar isso foi fabuloso e entender que isso é que se chama sucesso. É conquistar com o próprio esforço as suas lutas e vencê-las por você mesmo e acho que essa fase foi incrível
Em seguida, Victor explicou que o retorno para Abre-Campo, com o sucesso consolidado, foi singular.
— Nós voltamos para Abre-Campo muitos anos depois né Leo? Em 2012, e a gente fez um show que eu considero mais emocionante até hoje, o mais contundentemente emocionante, de você chorar copiosamente e não conseguir tocar
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