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Aceitar-se, observar-se com ternura, não temer julgamentos, julgar menos, enxergar mais beleza nas coisas sem criticar tanto e com tanto negativismo, não querer ser perfeito pelo fato de saber que a perfeição está nos contrastes e, principalmente, ser humilde, foram atitudes percebidas por mim que muito me ajudaram a aproximar-me das pessoas e de mim mesmo.
O que teria a ver humildade com a timidez? Eu digo: Tudo, ou
melhor, nada. Ser humilde não é sair de onde se está e cumprimentar a todos.
Não é ter muito dinheiro e ser solícito. Ser humilde é aceitar-se como se é,
mudar-se quando se sente com esta necessidade, e assim, poder desfrutar de si
mesmo aceitando nos outros suas características sem chamá-las de defeito.
É o orgulho que nos faz temer que não nos vejam como somos,
ou que nos critiquem, ou que nos estudem, que nos olhem. Os problemas
existentes entre quem julga e quem é julgado são todos de quem julga. Já que,
baseiam-se em si mesmos os que apontam nos outros, seus próprios defeitos.
Quando tiramos uma foto, nossa timidez diz: Cuidado, você
será observado e criticado por outros. Aí, essa voz passa a gritar antes do
“click” e você foge dos flashs, privando, muitas vezes, alguém que lhe goste
muito de ter uma saudável lembrança sua, ou a você mesmo de se curtir em
imagem. Repare que se a foto fosse tirada para que apenas você, e somente você,
visse, não haveria problemas. E se houvesse, seria coisa de amor próprio,
certo?
Aceitar-se e amar-se são atitudes humildes e, portanto, não
lhe induzem a privar-se de fotos, olhares, atenções e convivências. Além disso,
abrem-lhe a consciência de que receber elogios faz bem e você só precisa dizer:
“Obrigado!”
(Autor: Victor Chaves)
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