Conheci o Victor e o Leo antes do
sucesso estrondoso que a dupla tem feito nos últimos anos. Na época em que
moraram em Belo Horizonte, quem teve um contato maior com eles já poderia
prever que aqueles meninos iriam longe. A forma com que eles faziam (e
continuam fazendo!) música já demonstrava que ali havia algo diferente. Mas,
mais que isso, o jeito como eles se apresentavam, nos palcos ou fora deles,
também impressionava. É que eles estão ligados a uma preciosidade que o mundo
tanto necessita: são, acima de tudo, pessoas que sabem o que é o Bem e
escolheram trilhar por esse caminho.
Acredito até, que escolheram o talento que têm para compor, produzir,
arranjar, dirigir, tocar e cantar suas músicas, que não se resumem a um estilo,
para transmitir isso ao público. Um público fiel, capaz, por exemplo, de
superlotar o ginásio do Ibirapuera em duas noites, com mais de 23 mil
espectadores. Foi o que aconteceu durante a gravação do segundo DVD “Ao Vivo e
em Cores”, em 2009.
Há cinco anos, o nome Victor & Leo ocupa inúmeras primeiras
posições em sites de busca de letras pela internet e rádios de todo o Brasil.
São mais de três milhões de cópias vendidas. Em março deste ano, a dupla gravou
o terceiro DVD ao vivo da carreira, intitulado “Ao Vivo em Floripa”, em
Florianópolis/SC. O trabalho contou, entre outros, com as participações
especiais de Chitãozinho & Xororó, Haroldo Ferretti, Nando Reis, Paula
Fernandes, Pepeu Gomes, e Zezé di Camargo & Luciano. Como sempre, de mãos
dadas com o sucesso de público e crítica. E sabe o que mais impressiona disso
tudo? É que mesmo no topo das paradas, mesmo bombando na mídia, eles continuam
os mesmos caras do bem. Da época que os conheci ou, sei lá, acho que de sempre.
Desde o início da carreira, vocês
sempre fizeram questão de demonstrar o compromisso que têm de dividir energia
boa com as pessoas com a música que fazem. Com mais de 3 milhões de cópias
vendidas até hoje, com multidões cantando suas letras nos shows, que balanço
vocês fazem da escolha por esse caminho?
Victor Chaves: Essa ideia parte
do princípio de que não pensamos música. Nós a sentimos. E o que sentimos pode
mudar de acordo com determinado estímulo. Queremos que nossa música seja e
continue sendo estímulo de bem-estar, alegria, amor.
Dos tempos em que vocês ainda não
eram conhecidos até a consagração que vocês têm hoje como músicos, que
representa muito mais que uma continuidade renovada da música sertaneja, o que
pode ser considerado assustador para vocês?
Leo Chaves: É natural que as
coisas mudem com o passar dos anos, a música evolui, as tendências mudam etc…
Mas a velocidade com que tudo isso acontece hoje assusta, isso faz com que o
mercado da música se renda um pouco à falta de qualidade e originalidade,
porque uma coisa vem atropelando a outra e vira uma sopa repetitiva com os
mesmos ingredientes e temperos. A música se tornou desenfreadamente
capitalista. Acho que ninguém mais sabe como funcionam as coisas no show
business. Isso me assusta um pouco. Mas tá valendo, você tem que saber que a
procissão não vai andar como você quer, então se quiser caminhar tem que ser na
velocidade que o mercado tem! No mais, o que a fama me trouxe de consequências
como falta de privacidade, assédio, compromissos e responsabilidades, não me
assustam. Se você escolhe algo para fazer, tem que estar preparado e disposto!
Vamo que vamo! (risos)
A música “Não Me Perdoei”,
lançada recentemente, parece falar de um amor que acabou antes de chegar ao fim
e trata do medo da desilusão amorosa de forma delicada ao pedir perdão, mesmo
sem ter se auto-perdoado. Em um mundo que mostra dados concretos e alarmantes
de violência contra a mulher, vocês acreditam que uma letra dessas pode fazer
as pessoas repensarem nessa realidade?
Victor Chaves: Pode ser. Mas,
ainda que subentendidamente, esse necessário respeito amoroso está em minhas
canções. Amor é uma coisa que não se demonstra com nada que denigra,
desvalorize ou prenda. Ao contrário. E eu, como compositor, tive e tenho em
mulheres inesquecíveis, minha maior fonte de inspiração.
Com uma agenda tão atribulada de
compromissos profissionais e uma carga pesada de shows, como é possível manter
a vida pessoal equilibrada e conseguir dar atenção ao que não faz parte desse
mundo profissional?
Leo Chaves: Não é fácil, mas a
gente improvisa. Normalmente temos dois, no máximo três dias na semana pra
ficar em casa. No meu caso, tenho dois filhos e uma linda mulher com quem
gostaria de estar mais tempo junto, então o que faço é tentar.
A entrevista completa você encontra na Revista Season 16. Nas Bancas!
FOTOS: Heloísa Falak / Robson Covatti.
FONTES: REVISTA SEASON/ FACEBOOK VICTOR & LEO.
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