Aconteceu em Uberlândia um histórico encontro dos mais importantes profissionais do rádio e do entretenimento ligados à música sertaneja, vindos de todas as partes do Brasil. A ocasião: o lançamento oficial do novo CD da dupla Victor & Leo e comemoração dos 20 anos de carreira e 5 anos de sucesso. Na verdade, a realização de um evento de lançamento ou gravação de disco com a presença de convidados da área de entretenimento se tornou uma prática comum. Victor & Leo, no entanto, extrapolaram tudo o que se tem notícia com relação a essa prática e realizaram um evento para nada mais nada menos que MIL convidados.
Afora a oportunidade de realizar muitos contatos e encontrar velhos amigos, motivos que levam boa parte dos profissionais presentes a aceitar o convite para um evento desse tipo, a ocasião provavelmente ficará marcada como uma oportunidade inédita de conferir a dupla Victor & Leo de uma forma como quase ninguém pôde ver: os dois totalmente à vontade, brincalhões e agradecidos por tudo o que os profissionais presentes no evento lhes proporcionaram durante estes 5 anos de sucesso.
O show, com alguns trechos já conhecidos do show de estrada da dupla, serviu também para apresentar as novas canções, com destaque para a próxima música de trabalho, “Lágrimas”, primeira música de trabalho da carreira da dupla que não leva a assinatura do Victor Chaves como compositor, “Boteco de esquina” e “Fuscão Preto”, cada uma destas duas últimas merecendo uma hilária introdução do Victor imitando um bêbado na primeira e contando um causo envolvendo seu velho Fusca encardido na segunda.
O evento foi marcado também pela presença de grandes artistas da música brasileira, que foram prestigiar a dupla e acabaram cada um dando uma canja no palco. Alcione, com “Deus e eu no sertão”, Alexandre Pires, com “Tem que ser você”, Bruno, com “Nova York”, Xand do Aviões do Forró) etc. Quando o Bruno subiu no palco, inclusive, uma coisa curiosa aconteceu. Ele pediu o tom e puxou “Boate Azul” e o Victor custou a acompanhar no violão. Um episódio curioso, claro, em se tratando de um virtuoso no violão como ele. O Victor precisou de ajuda várias vezes para ajustar o capotraste (ferramenta que facilita o uso das pestanas no violão), o que demonstra ainda mais o caráter informal do evento. Coitado do Bruno também, que teve a contragosto, a pedido do Leo, que cantar “Dormi na Praça” pela zilionésima vez na carreira. A esposa dele, aliás, é que deve ter ficado sem graça com a frase “Deixa eu mandar um beijo para minha esposa senão não rola sexo hoje e eu tô enrolado”, hehe.
Uma das presenças mais festejadas no evento foi a do coronel Zezé di Camargo. Curiosamente, sua subida ao palco não estava programada. O Victor e o Leo chegaram a improvisar discursos de agradecimento, tentando acalentar o ânimo do público presente, que clamava uma canja do Zezé, que não estava combinada. Talvez por isso o Zezé tenha mudado de idéia e subido. Cantou “No dia em que eu saí de casa” inteira e foi, obviamente, aclamado.
Vendo que o show se estendia além do programado, a dupla tentou encerrar agradecendo os outros artistas presentes, como o Roupa Nova e o Skank, cada um com dois membros representando o restante da banda. Não contavam, no entanto, com um Fagner empolgadíssimo, que acabou subindo no palco e cantando não uma, mas duas canções, sendo que uma delas ganhou pelo menos 3 ou 4 minutos a mais do que ela tinha originalmente, hehe. “Borbulhas de amor” virou quase um “Faroeste Caboclo”. Sem esquecer, é claro, da reclamação em alto e bom som que ele fez do técnico de som, em tom bem humorado, claro. Mandou o pobre técnico se f* e tudo, hehe. Palavrão este também usado pelo Zezé quando ele viu que o Victor estava puxando “No dia em que eu saí de casa” num tom bem acima do que ele costuma cantar. O Leo, coitado, tentou por diversas vezes encerrar a música do Fagner cantando a parte final por cima da parte que o Fagner repetia pela terceira vez seguida, mas o Fagner aumentava o volume da voz e continuava cantando do jeitinho que ele queria.
Durante a apresentação do Fagner, aliás, outro acontecimento causou a dispersão total do público, que se aglomerou em frente ao palco para ver a rainha dos Baixinhos (que já está recebendo muito mais atenção da mídia do que o próprio evento em si), que chegou ao evento por volta das 02:15 da manhã. Ela acabou levando um puxão de orelha ao vivo tanto do Leo quanto do Victor que, na tentativa de esfriar ainda mais os boatos sobre seu relacionamento com a Xuxa, se atrapalhou com as palavras e cometeu uma gafe, dizendo algo um tanto politicamente incorreto e que provavelmente provocaria a ira das feministas: “se você fosse minha namorada, eu lhe daria uns tapas por causa deste atraso todo, mas como não é…”. Na boca de um Rafinha Bastos, uma frase destas valeria pelo menos uns 2 processos, hehehe.
Como se tratava de um evento comercial, a dupla Victor & leo aproveitou para apresentar a todos os profissionais de entretenimento presentes os demais produtos dos escritórios dos quais fazem parte, o Clube do Cowboy e o Vida Boa. Primeiro, subiu ao palco a dupla Fred & Gustavo, que cantou com Victor & Leo a música “Não precisa” e ainda deram uma canja de “Lendas e Mistérios”. Depois, subiu ao palco a nova contratação do Clube do Cowboy, a dupla de BH Diogo & Danilo, que cantou “Fotos” e um trecho de sua primeira música de trabalho, por acaso uma excelente composição do Victor, chamada “Futuro Namorado”. O Leo ainda brincou dizendo: “Vocês devem estar imaginando: ‘pô, aproveitando um evento para apresentar os outros produtos do escritório’. Pois é isso mesmo que a gente está fazendo e eu não tenho vergonha de dizer”.
Ao invés da tradicional formalidade da dupla, foi incrivelmente interessante ver um Leo beeeeem mais empolgado e extrovertido do que de costume e um Victor bem mais emocionado e, por que não dizer, vulnerável, permitindo-se improvisar músicas no violão, pedindo a ajuda para ajustar o capotraste na posição certa, imitando um bêbado, contando causos e segurando o choro já no primeiro discurso que fez no decorrer da noite. O show, apesar de longo, teve de ser encurtado por causa da farra das participações e algumas músicas do novo disco não foram apresentadas.
Apesar de prometerem descer e se juntar aos presentes assim que o show acabasse, a muvuca provocada pela presença de nomes como Xuxa e Zezé di Camargo acabou dispersando a atenção e o público acabou indo embora logo após o show. O jantar, que seria servido após a apresentação, acabou sendo servido durante. Petiscos à vontade antes do show e um jantar durante, além de bebidas liberadas durante todo o evento, diga-se de passagem. Uma delícia de evento, que fica para a história como algo absolutamente inédito e ousado, tanto no show quanto na quantidade de convidados de todas as partes do Brasil e no tratamento a eles dispensado desde que pousaram na cidade, com almoço em restaurante típico de comida mineira e estadia em alguns dos melhores hotéis da cidade. Enfim, tudo perfeito. Parabéns à dupla pelos 5 anos de sucesso, pelo lançamento do CD, pelos 20 anos de carreira e pelo evento histórico. São merecedores de tudo o que conquistaram.
FONTE: BLOGNEJO / POR MARCUS VINÍCIUS.
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